sexta-feira, dezembro 29, 2006

Boas Festas Indígenas


Achei estas saudações de Boas Festas simplesmente lindo e tem tudo a ver com o que eu teria a dizer a qualquer pessoa!

Retirei de: site Índios On line



"Feliz Natal e Próspero Ano Novo Indígena!


A renovação do nosso espírito, e a satisfação da vida material, se dá com o nascer do sol: com uma planta que nasce, com o brotar da flor, com o aparecimento do fruto, com cada folha que renova, com o canto dos pássaros, com as matas povoadas de animais, com o encanto das florestas, com os rios, lagos, ou lagoas cheios de peixes, com o barulho das cachoeiras, com a água pura que mata a nossa sede, e que nos banha, com as nossas roças produzindo alimentos, para saciar nossa necessidade de perpetuação, com o entardecer, com a lua que surge para nos encantar, com as estrelas, que servem para nos guiar, com o novo amanhecer, com o nascer de uma criança, com o respeito e, o cuidado com os nossos semelhantes, com o direito de viver, e, com a nossa partida para o mundo espiritual. Enfim, com o amor e a proteção que nos relacionamos com a Mãe Natureza.


Somos parte da Terra, pedaços de torrões!


Não queremos um Natal e Próspero Ano Novo, que é medido de ano em ano, onde as pessoas são levadas a acreditarem que é só nesses momentos, que o espírito precisa de renovação e paz, que se redime de todos os tipos de atrocidades cometidos ao longo de um ano, que deve se colocar a melhor roupa, o melhor sapato, ter o melhor alimento, amar, sonhar, tolerar, perdoar, presentear, reunir os membros da família, e que depois de passado surgem as incertezas, o desespero, o egoísmo, o orgulho, a prepotência, a vaidade, o rancor, o ódio, a desesperança, a ganância, a sede do poder, a cegueira, a desilusão etc..;. Que transforma o homem, em um ser avilte.


Não queremos um Feliz Natal, e um Próspero Ano Novo de quem faz parte de um Sistema, ou aceita ser dominado por conveniência, e que deixa seus próprios irmãos: com fome, com sede, sem teto, sem pátria, sem direito a uma boa educação, à saúde, a um trabalho digno, sem acesso ao conhecimento dos direitos e deveres de cidadania, sem rosto e sem voz, que fomentam a guerra (a disputa e a discórdia),


Queremos sim, comungar sempre, com aqueles, que enxergam a humanidade como um todo, que não precisam de retórica, e nem se dizem intelectuais para seduzir e enganar seus irmãos, que não possuem olhos vendados, e que tem a plena consciência de que somos todos iguais perante a Natureza. A diferença é unicamente cultural. E, acima de tudo possuem a consciência de que precisamos preservar e cuidar do meio em que vivemos, se deseja para nossas futuras gerações uma vida digna! ''


Yakuy Tupinambá
Auere!

quinta-feira, dezembro 28, 2006

A Terra

A costa sul dos Estados Unidos está sofrendo as conseqüências do furacão Katrina que deixou milhares de mortos e arrasou cidades. Alguns municípios do sul do Brasil também sentiram os danos causados pela força da natureza, com o tornado que atingiu a região nesta semana. No país, a ocorrência desse fenômeno é rara: quando se fala em desastres naturais, as inundações são as campeãs por aqui.

Segundo dados da ONU, cerca de 300 acidentes naturais de grandes proporções ocorrem anualmente no mundo, causando 250 mil mortes e prejuízos de 60 bilhões de dólares. As inundações correspondem a 20% desses danos.


Sismos

Cheias

Secas

Incêndios Florestais

Precipitações Intensas

Trovoadas

Ondas de Calor

Vagas de Frio

Nevões

Nevoeiros e Geadas

Ciclones

Tornados

Acidentes Geomorfológicos

Emergências Radiológicas

Ameaças

Poluição

Chuva Ácida

Ozono

Misseís Nucleares

Desemprego

Desalojados

Sida

...


Estamos sentados em cima dos nossos caixões!

sexta-feira, dezembro 15, 2006

A Corrente

"Cada criatura, à sua maneira, agarrava-se com força aos ramos e às rochas do fundo do rio, pois esta era a sua forma de vida, e resistir à corrente era o que tinham aprendido desde que tinham nascido.
Mas uma criatura disse finalmente:
-Estou cansada de me agarrar. Embora não a consiga ver com os meus olhos, acredito que a corrente sabe para onde vai. Vou-me largar e deixar que ela me leve para onde queira. Aqui morerei de tédio.
As outras criaturasriram e disseram:
-Tolo! Se te largares, essa corrente que adoras atirar-te-à e esmagar-te-à contra as rochas e morrerás mais depressa do que de tédio!
Mas a criatura não lhes deu ouvidos e, respirando fundo, largou-se e foi imediatamente atirada e esmagada pela corrente contra as rochas. Mas com o tempo, recusando-se a voltar a agarrar-se, a corrente ergueu-a, libertando-a do fundo e ela não foi mais magoada e ferida.
O rio adora libertar-nos. O nosso verdadeiro trabalho na Vida é esta viagem, esta aventura."
Este é o início do livro que se tornou no meu auxiliar para aquelas alturas da Vida em que tudo parece confuso, estreito e demasiado limitado para um espírito que gosta de voar!
Ilusões de Richard Bach

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Blood on Blood

Há uma altura nas nossas vidas, quando somos novos - adolescentes - em que os amigos são a nossa vida e nós as deles.
Eles são as pessoas mais importantes do mundo e nesta altura, os amigos vão ser amigos para sempre. E, por eles (e com eles), vivemos aventuras, assaltamos fortes, faziamos as coisas que dizíamos que iriamos fazer,e, depois de feitas, erguiamo-nos tão satisfeitas connosco próprias...
Eramos eu, a Dina e a Nélia, num dia cortámos as nossas mãos e fizemos uma promessa, um pacto que só irmãs de sangue compreendem.
Éramos tão novas e tinhamos tantas certezas!
A Nélia era a nossa heroina, não tinha medo de nada e enfrentava quem fosse preciso e protegia-nos! Junto dela estavamos tão bem!
A Dina era a mais experiente e a que nos levava para fora da vila que já estavamos fartas de estar. Tinha sempre uma aventura com alguém e contava-nos as peripécias em que se tinha metido.
Faltavamos às aulas no fim da Primavera para rolarmos do nosso monte abaixo, das três árvores, coberto de relva, atirávamos os cd´s que tinhamos comprado em promoção porque, realmente não valiam nada (depois iamos à procura deles para não deixar restos de acessórios humanos junto da Natureza), percorriamos kms pelos caminhos fora, subiamos tantas montanhas, tirávamos montes de fotografias, e os planos que fazíamos...
Agora a Nélia tem dois filhos lindos e está a lutar pela vida para conseguir andar em frente;
a Dina é empresária de uma firma e faz muito bem o seu trabalho na Grande Lisboa,
e eu... eu sou professora de adultos numa vila da Beira, tenho um marido e um filho espectaculares.
Apesar dos anos que passaram e dos kilómetros entre nós, apesar de estarmos tão longe e de andarmos tão embrenhadas nas nossas vidas, digo-vos, sempre que precisarem de mim, estarei ao vosso lado.

Blood on Blood
Não esqueço! Faz parte de quem me tornei!