Não me interessa saber o que tu fazes para ganhar a vida.
Eu quero saber por que anseias
e se te atreves a sonhar com a realização dos teus desejos.
Não me interessa saber qual a tua idade.
Só quero saber se és capaz de te arriscar a parecer tolo,
por amor, pelos teus sonhos, pela aventura de estar vivo.
Não me interessa saber que planetas enquadram a tua lua.
Quero saber se tocaste no âmago do teu próprio desgosto,
se estiveste aberto às traições da vida
ou se te tornaste fechado e encolhido com receio de mais desgostos.
Quero saber se és capaz de suportar a dor,
a minha ou a tua,
sem te tentares esconder para a ocultar ou atenuar.
Quero saber se podes sentir a alegria,
a minha ou a tua,
se és capaz de dançar loucamente
e deixar que o êxtase te invada até à ponta dos dedos,
sem nos dizeres para termos cautela, para sermos realistas,
para recordar as limitações de sermos humanos.
Não me interessa se a história que estás a contar-me é verdadeira.
Quero saber se és capaz de desapontar alguém para ser verdadeiro contigo mesmo,
se és capaz de suportar as acusações de traição
sem atraiçoar a tua própria alma,
se podes não ser fiel aos teus compromissos e,
no entanto, ser de confiança.
Quero saber se és capaz de ver a beleza
mesmo quando não é bonita, em cada dia,
e se podes basear a tua própria vida na sua presença.
Quero saber se és capaz de viver com o fracasso,
o teu e o dos outros,
e mesmo assim ficar de pé na margem do lago
e gritar para a Lua solitária: "Sim!"
Não me importa saber onde vives ou quanto dinheiro tens.
O que preciso de saber é se és capaz de te levantar,
cansado e exausto, depois de uma noite de desespero,
e fazer o que for necessário para cuidar dos teus filhos.
Não me interessa saber quem conheces ou como vieste aqui parar.
O que quero saber é se serás capaz de ficar no centro do fogo,
comigo, sem recuar.
Não me importa conhecer o que estudaste, onde estudaste ou com quem.
O que quero é saber o que te mantém de pé, interiormente,
quando tudo o resto falha.
Quero saber se és capaz de estar sozinha,
contigo mesma e se gostas verdadeiramente da companhia que proporcionas
a ti própria, nos momentos vazios.
Oriah Mountain Dreamer "The Call"
4 comentários:
Eu adoro esse texto!!
Meto em todas as minhas agendas, e é um dos que está no meu mural (isto é, a porta do armário!)
Obrigado, Índia!!
Estou a contar os dias!!
Beijos para as montanhas!
India, acabei agora de saber a novidade maravilhosa! Muitos parabens aos papás babados e um grande viva para a pequena Riana! Beijinhos também para o Leo.
Olá! Tem uma homenagem aos amigos de Portugal na Floresta da Ursa. Beijos!
:)
Miau grande!
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